Igualdade de direitos

taIgualdade é a inexistência de desvios ou incongruências sob determinado ponto de vista, entre dois ou mais elementos comparados, sejam objectos,individuos,ideias,conceitos ou quaisquer coisas que permitam seja feita uma comparação.
Especificamente em Política
, o conceito de Igualdade descreve a ausência de diferenças de direitos e deveres entre os membros de uma sociedade.


Na sua concepção clássica, a ideia de sociedade igualitária começou a ser cunhada durante o Iluminismo, para idealizar uma realidade em que não houvesse distinção jurídica entre nobreza, burguesia, clero e escravos. Mais recentemente, o conceito foi ampliado para incluir também a igualdade de direitos entre géneros, classes, etnias, orientações sexuais, etc...

Muitas vezes associamos a igualdade de direitos aos países ocidentais e civilizados. Mal se fala num país em desenvolvimento vem logo ao pensamento ditaduras, monarquias severas, direitos humanos violados todos os dias.

Um facto está mais que constatado. O Mundo não vive em igualdade de direitos. O simples facto de eu estar aqui a escrever, vocês a ler talvez represente um sonho, daqueles só imaginários, de uma criança deitada em África com o estômago a contrair-se e os lábios ressequidos.

Eu sei que exagerei no que acabei de escrever porque tenho a certeza que uma criança nesta situação não sabe que existe Mundo para além da sua terra, não sabe o que é um computador e, se alguém lhe contasse que podia falar e conhecer pessoas por uma máquina ele encolhia-se com medo a alguma espécie de bruxaria.

Às vezes, numa ou outra insónia penso. Penso em três coisas. O que farei e como viverei na fase adulta. O que aconteceria se tivesse nascido numa aldeia em África. O que aconteceria se fosse um principe real.

Pensar nunca fez mal a ninguém. Pensar cultiva-nos.

Não acho que devemos dar graças a deus e esperar que as coisas nos caiam do céu. Tmos de lutar pelo que temos e o que queremos ter sem nunca esquecer a situação de milhões de outras pessoas e ficar contentes pelo que temos.

Mas já estou a fugir ao tema. Igualdade de direitos.

Os países desenvolvidos, os civilizados ainda têm um longo caminho a percorrer. As pessoas trabalhadoras precisam de ser ajudadas por um Estado forte e não podem ser neglegenciadas. Não se podem atirar as pessoas 'borda fora' num turbilhão de privados.

Isto tudo a propósito duma situação que se passa nos EUA e, na minha opinião é grave. O Sistema nacional de saúde (ou a falta dele).
Enquanto aqui se discutem as más condições do SNS lá discute-se a sua existência. Este situação leva-nos à realidade.
Em Portugal as pessoas têm um SNS que embora registe melhorias espantosas ainda é considerado deficitário. A falta de médicos, o tempo de espera para consultas/operações e o atendimento situam-se entre as principais preocupações dos Portugueses.
Já os americanos por seu lado estão divididos. Uns esperam por uma grande reforma na área da saúde onde os lóbis são mais que muitos e talvez dos mais poderosos.
Outros apoiam os privados nesta demanda. Acham que o governo não pode e não deve usar o dinheiro dos contribuintes para pagar a saúde (!) de outros.
Defendem que cada pessoa deve ser livre para escolher o seguro médico (privado) que quiser e têm receio do que poderá ser o SNS e da possível quebra de qualidade.
No meio desta polémica encontra-se o homem que já mudou mentalidades e que quer mudar esta situação: Obama.
Obama já perdeu popularidade, apoios e votos. Mas não desiste. Transformou a mudança no SNS numa das suas principais bandeiras. Quer levar a saúde gratuita a milhões de americanos como acontece nos países ditos civilizados.
Obama deve conseguir passar a lei?
Eu acho que sim. A saúde é o nosso maior bem. É o maior bem estatal também pois, se estamos doentes a nossa produtividade baixa (chegando porventura à nulidade).
Os portugueses, os americanos e o resto do Mundo precisam de saúde. Mas se não a podem pagar precisam de ter quem pague por eles ou, no minimo um contributo.
Aí entra o papel do estado que precisa de ser forte e tomar medidas.
Muito sinceramente espero que os EUA aprovem a lei da mudança no SNS. Os americanos merecem ter saúde.
Mas depois é importante não esquecer e continuar a criar leis e apoios para 'olear' a máquina que o SNS representa. Não podem deixá-la como os Portugueses. Têm de ir modificando de acordo com as necessidades do momento.
Por último quero deixar aqui uma palavra a este governo que, na minha opinião representa a mudança. Conseguiu, contra muita gente reformar um SNS já desgastado. Não vou entrar na demagogia de dizer que está tudo bem.
Não está.
Mas posso dizer que vai a caminho...
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