Agora sim... Falando de amor.
Quando vejo dois idosos juntos, de mãos dadas e um sorriso no rosto penso "que bonitos! Quando for da idade deles é isto que quero para mim". Mentira. Não penso absolutamente nada disto. Na maior parte dos casos o sorriso é uma máscara. Não são felizes, estão juntos porque assim ditavam as regras da sociedade do seu tempo, estão juntos por comodismo. Para quê procurar um parceiro/a que me faça mais feliz se já estou velho e tenho este/a aqui que me faz companhia e me apoia.
Não acredito no amor para a vida. Não penso em ter alguém que me acompanhe todos os dias, até ao dia em que um de nós morra. Vou procurar a felicidade em desfavorecimento do comodismo, não vou querer ser mais um com um sorriso falso e plástico no rosto, casado com alguém só porque sim e só porque outrora nos amavámos. E, por último, acredito sinceramente que a nossa geração vai ser diferente. A nossa sociedade, os nossos ideais não nos impõe isto. Não gostamos, pedimos o divórcio. E, embora, quanto mais velhos somos mais isto poderá custar, acredito que, quando for a nossa vez de sermos os "velhos" faremos diferente.
Não acredito no amor para a vida. Não. Mas acredito eu no amor? Acredito. Existe idade para amar? Não, não existe. E esta resposta não é só para ser politicamente correcto. É, verdadeiramente, aquilo que eu sinto e aquilo que eu penso. Porquê discriminar o amor entre duas pessoas de 14 anos? Ou duas de 70s e tais? Estupidez amigos, estupidez. Já está 'incorporado' nas nossas mentes que as crianças "são muito novas" e os idosos "já não amam, acompanham-se". É este pensamento que, a meu ver é incorrecto e precisa de uma mudança urgente.
Ninguém tem ABSOLUTAMENTE nada a ver com quem eu amo ou que idade tenho quando amo. Se eu tenho 15 e amo uma rapariga porque têm de vir dizer "não abes o que é o amor?" ou então, se tenho 60 e me apaixono por uma rapariga de 27 porque é que aparecem logo uns quantos "conselheiros" a avisar o perigo que eu corro do golpe-do-baú, etc etc? Porque é que toda a gente acha que tem o direito de se intrometer nos que eu, ou no que nós todos sentimos? Se que amo uma rapariga, amo essa rapariga e ponto. Se eu amo um rapaz, amo esse rapaz e ponto.
Mais uma vez acredito que, na nossa geração, ou talvez na seguinte esta diferença, esta discriminação entre orientações sexuais, idades ou estratos sociais será reduzida e teremos um país, um Mundo e uma sociedade mais livres, liberais e saudáveis. É preciso acreditar e querer mudar.
Mudando um bocadinho o assunto... Sentiremos o amor na seu plenitude se e só se formos correspondidos? Eu acho que não. O amor é aquele bichinho na barriga quando vemos Aquela pessoa, aquele tremor que sentimos, o estarmos sempre a pensar nele/a e o facto de dispensarmos tudo para estar 5 minutos agarrados ao nosso amor.
Agora... Será um "melhor" amor, para nós, aquele que é correspondido? Sim, isso de certeza que é.
Nos meus já 15 anos de vida (sim, eu sei, muito tempo, muit experiência) já amei duas pessoas e, curiosamente, a primeira vez não fui correspondido e, posso dizer foi horrivel. Horrivel por poder vê-la (neste caso)e não poder tocar-lhe, dizer-lhe o quanto a amava dava cabo de mim por dentro. Desta segunda vez encontrei a pessoa mais fantástica que eu conheço e, felizmente sou correspondido. Dadas algumas circunstâncias o relacionamento é dificil, isso não posso negar. raramente podemos estar juntos, quando e como queremos mas, no entanto, o tempo que passamos juntos chega e compensa todo aquele que passo a pensar como seria bom estarmos juntos e podermos unir os nossos lábios e selar o nosso amor...
Ter alguém assim é mais do que ter um namorado/a, é ter um ombro amigo, um melhor amigo, o pilar em que assentamos sempre que estamos mais em baixo, é termos alguém que nos completa e sempre, mas sempre sem excepção nos faz sentir a melhor pessoa deste universo.
Além do post de opinião é também uma espécia de homenagem que lhe queria fazer por ser a pessoa mais importante e especial da minha vida, ser tudo aquilo que sou e represento e alguma coisa mais...
São todos os pequenos pormenores, os pequenos gestos que a cada dia fazem que o nosso amor cresca, se desenvolva e que fique mais forte. Há-de chegar o dia que seremos todos verdadeiramente livres para amar quando, como e onde quisermos.
Talvez para a próxima geração, ou na a seguir... Mas um dia conseguiremos e nesse dia seremos felizes.