O Amor

Gostava de começar o post por duas breves notas. 1) Pedir (novamente) desculpa pela raridade com que posto e prometer (infelizmente novamente) que tentarei escrever mais vezes. 2) Normalmente não sou "lamechas" nem muito sentimental.
Agora sim... Falando de amor.
Quando vejo dois idosos juntos, de mãos dadas e um sorriso no rosto penso "que bonitos! Quando for da idade deles é isto que quero para mim". Mentira. Não penso absolutamente nada disto. Na maior parte dos casos o sorriso é uma máscara. Não são felizes, estão juntos porque assim ditavam as regras da sociedade do seu tempo, estão juntos por comodismo. Para quê procurar um parceiro/a que me faça mais feliz se já estou velho e tenho este/a aqui que me faz companhia e me apoia.
Não acredito no amor para a vida. Não penso em ter alguém que me acompanhe todos os dias, até ao dia em que um de nós morra. Vou procurar a felicidade em desfavorecimento do comodismo, não vou querer ser mais um com um sorriso falso e plástico no rosto, casado com alguém só porque sim e só porque outrora nos amavámos. E, por último, acredito sinceramente que a nossa geração vai ser diferente. A nossa sociedade, os nossos ideais não nos impõe isto. Não gostamos, pedimos o divórcio. E, embora, quanto mais velhos somos mais isto poderá custar, acredito que, quando for a nossa vez de sermos os "velhos" faremos diferente.
Não acredito no amor para a vida. Não. Mas acredito eu no amor? Acredito. Existe idade para amar? Não, não existe. E esta resposta não é só para ser politicamente correcto. É, verdadeiramente, aquilo que eu sinto e aquilo que eu penso. Porquê discriminar o amor entre duas pessoas de 14 anos? Ou duas de 70s e tais? Estupidez amigos, estupidez. Já está 'incorporado' nas nossas mentes que as crianças "são muito novas" e os idosos "já não amam, acompanham-se". É este pensamento que, a meu ver é incorrecto e precisa de uma mudança urgente.

Ninguém tem ABSOLUTAMENTE nada a ver com quem eu amo ou que idade tenho quando amo. Se eu tenho 15 e amo uma rapariga porque têm de vir dizer "não abes o que é o amor?" ou então, se tenho 60 e me apaixono por uma rapariga de 27 porque é que aparecem logo uns quantos "conselheiros" a avisar o perigo que eu corro do golpe-do-baú, etc etc? Porque é que toda a gente acha que tem o direito de se intrometer nos que eu, ou no que nós todos sentimos? Se que amo uma rapariga, amo essa rapariga e ponto. Se eu amo um rapaz, amo esse rapaz e ponto.
Mais uma vez acredito que, na nossa geração, ou talvez na seguinte esta diferença, esta discriminação entre orientações sexuais, idades ou estratos sociais será reduzida e teremos um país, um Mundo e uma sociedade mais livres, liberais e saudáveis. É preciso acreditar e querer mudar.

Mudando um bocadinho o assunto... Sentiremos o amor na seu plenitude se e só se formos correspondidos? Eu acho que não. O amor é aquele bichinho na barriga quando vemos Aquela pessoa, aquele tremor que sentimos, o estarmos sempre a pensar nele/a e o facto de dispensarmos tudo para estar 5 minutos agarrados ao nosso amor.
Agora... Será um "melhor" amor, para nós, aquele que é correspondido? Sim, isso de certeza que é.
Nos meus já 15 anos de vida (sim, eu sei, muito tempo, muit experiência) já amei duas pessoas e, curiosamente, a primeira vez não fui correspondido e, posso dizer foi horrivel. Horrivel por poder vê-la (neste caso)e não poder tocar-lhe, dizer-lhe o quanto a amava dava cabo de mim por dentro. Desta segunda vez encontrei a pessoa mais fantástica que eu conheço e, felizmente sou correspondido. Dadas algumas circunstâncias o relacionamento é dificil, isso não posso negar. raramente podemos estar juntos, quando e como queremos mas, no entanto, o tempo que passamos juntos chega e compensa todo aquele que passo a pensar como seria bom estarmos juntos e podermos unir os nossos lábios e selar o nosso amor...
Ter alguém assim é mais do que ter um namorado/a, é ter um ombro amigo, um melhor amigo, o pilar em que assentamos sempre que estamos mais em baixo, é termos alguém que nos completa e sempre, mas sempre sem excepção nos faz sentir a melhor pessoa deste universo.
Além do post de opinião é também uma espécia de homenagem que lhe queria fazer por ser a pessoa mais importante e especial da minha vida, ser tudo aquilo que sou e represento e alguma coisa mais...
São todos os pequenos pormenores, os pequenos gestos que a cada dia fazem que o nosso amor cresca, se desenvolva e que fique mais forte. Há-de chegar o dia que seremos todos verdadeiramente livres para amar quando, como e onde quisermos.
Talvez para a próxima geração, ou na a seguir... Mas um dia conseguiremos e nesse dia seremos felizes.

Nelson Mandela, um herói, um ídolo

Como todos os leitores deste blog podem ter constatado um dos meus grandes objectivos e missões de vida é dar o meu contributo máximo para o fim das desigualdades, do preconceito, da descriminação e a promoção da igualdade. É esta uma das razões (entre várias outras é claro) que me levaram a filiar na JS pois acredito que é o melhor partido e a melhor organização à qual posso dar o meu contributo para MUDAR mentalidades.

Agora focando-me no tema do post: Nelson Mandela. Nelson Mandela é, se não o, pelo menos um dos meus ídolos. Para citar a minha professora de filosofia Nelson Mandela deve ser "um ser iluminado, um ET" tal a dedicação sobre-humana, o empenho e sobretudo a coragem que poucos de nós temos, tivemos ou iremos ter.

Nelson Mandela nasceu a 18 de Julho de 1918 e ficou famoso pela sua participação activa na luta contra o apartheid. Lutou até onde pode com base na democracia e sem recurso a armas embora chegasse a um ponto (Massacre de Sharpeville) em que tivesse de recorrer às armas para lutar por valores mais importantes.

Foi preso e condenado a 5 anos de prisão que se foram estendendo ao longo de 27 longos e penosos anos. Fez ontem, dia 11 de Fevereiro 20 anos que Nelson Mandela foi libertado e saiu da prisão, acompanhado pela mulher em direcção a um mar de gente que o aclamava, tornando-se assim num dos maiores símbolos da luta pela paz e igualdade que a Humanidade já observou.

Durante a sua prisão, Nelson Mandela tornou-se num ícone da luta do povo negro contra o apartehid na África do Sul e um pouco por todo o Mundo tornando-se inspiração para a frase-chave de toda esta campanha: “Libertem Nelson Mandela” que, através da pressão política obrigou o presidente Sul-Africano de então a libertar o prisioneiro.

Em 1993 ganhou o Prémio Nobel da Paz e em 1994 venceu as primeiras eleições multirraciais no seu país lutando por uma sociedade mais justa e com o mínimo de desigualdades sociais, ajudando a transformar a África do Sul num exemplo para África e para o Mundo.

Desde o seu afastamento da vida política activa que Nelson Mandela se dedica a causas humanitárias como a luta contra a SIDA e tem vindo a ser reconhecido internacionalmente com prémios, distinções, medalhas, homenagens, etc.

Pelas razões que enunciei aqui considero Nelson Mandela um dos meus ídolos, um dos exemplos para a Humanidade, para o que quero ser. Se todos lutássemos por uma sociedade mais justa, menos preconceituosa e pelo fim das desigualdades sociais, se todos tivéssemos um pouco de Nelson Mandela dentro de nós, garanto-vos eu que o Mundo estaria bem melhor.

E aqui deixo a minha singela homenagem a este GRANDE Homem que merece muito, muito mais do que alguma vez lhe poderemos dar.

Haiti - a crise humanitária, a crise de valores e a corrupção

Em primeiro lugar gostava de mostrar a minha solidariedade para as vítimas do sismo que ocorreu no Haiti e aos seus familiares.
Este desastre natural causou milhões de dólares de prejuízo, milhões de desalojados e uns bons milhares de mortos a um país abaixo do limiar de pobreza governado por mais um ditador. É conveniente frisar que estas estimativas reportam-se unicamente à capital, Pourt-au-Prince não estando ainda avaliados os danos humanos e materiais noutros pontos do país. É portanto de lamentar uma das maiores crises humanitárias deste século.
Este post, além do que já foi referido anteriormente dedica-se ao que podemos concluir, indirectamente sobre o modo de funcionamento de toda a gente que se aproveita desta situação. Siceramente o jornalismo de hoje é uma valente merda (sim, peço desculpa por esta palavra). Como é que é possível que num mundo (supostamente) civilizado um jornalista pergunta a uma pessoa soterrada (!) como se chama e o que está a sentir. A exploração da tragédia, dos seres Humanos é dos factores mais importantes que determinam a falta de cáracter grutesca que os jornalistas (ou os seus directores têm). Qualquer profissional deve ter, acima de tudo, ética no que faz e, sobretudo como o faz. Sobrelotar os noticiários com notícias (muitas vezes repetidas) sobre o Haiti, com reportagens a pessoas moribundas ou a crianças a chorar de fome é um acto grosseiro e até mesmo nojento por parte da comunicação social.
Outro ponto que gostaria de focar é a "ajuda humanitária". Toda a ajuda é bem vinda nestes casos. O problema reside no facto de, muitas vezes, a ajuda, ou seja, os alimentos, etc não chegam ao local ou são mal distribuídos. O primeiro factor de decisão quando queremos optar por uma organizção de ajuda é a história e a confiança que representam. Outro facto que me deixa desiludido é a procura de protagonismo por parte de celebridades, clubes de futebol, etc que exploram, mais uma vez, as vítimas desta tragédia.
Por último gostaria de deixar uma nota de reconhecimento e orgulho pelos volutários que se disponibilizaram a viajar até ao Haiti e ajudar e às pessoas sérias que não exploram esta situação e fazem de tudo para a remediar. A estas pessoas os meus PARABÉNS e o desejo de um dia ser como vocês.

Casamento Homossexual

Sim. Eu sei que este tema já está muito falado mas eu acho que cada pessoa, cada cidadão deve ter a sua opinião, partilhando-a e lutando pelo que defende.
Toda a gente que me conhece sabe que sou liberal e luto pelo fim da discriminação. Defendo a diferença de opiniões em todos os assuntos. Os económicos, os políticos, os que envolvem diplomacia e política externa, etc. Mas há uma excepção. Não percebo ou melhor, não compreendo como é que, em pleno século XXI, sem a presença dominante e opressiva dos valores defendidos pela Igreja Católica no nosso quotidiano é possível a presença de tamanha discriminação e repulsa pelos homossexuais.
O primeiro ponto que gostaria de frisar é que união de facto e casamento não são, legalmente, a mesma coisa. As diferenças mais significantes e que causam maior desconforto são a nível de heranças. O direito de herdar o património do/a parceiro/a é automático quando casado mas, aquando a união de facto só passado dois anos de vida em conjunto.
Vivendo em união de facto, as visitas a hospitais e prisões (visitar o companheiro) são barradas, as dívidas contraídas são unipessoais e não do casal, não é dada a opção de adoptar o apelido da pessoa com quem vive, etc...
Mas mais importante que todas as questões legais que têm impacto no dia-a-dia dos casais homossexuais que são obrigados a viver em união de facto é a discriminação de que sofrem, por parte do estado.
Outros argumentos como "gostar de pessoas do mesmo sexo não é natural" ou " vivemos num país maioritariamente católico. Isso é uma indecência e pecado" são dos tais que eu considero ridículos.
Sentir atracção por um ser do mesmo sexo é tão natural que os nossos antepassados o faziam (antes de ser introduzido o estigma contra esta opção) e várias espécies de animais vivem com isso no quotidiano. E quanto à maioria católica... Primeiro vivemos num país cujo estado é laico e (supostamente) não sofre a influência/pressão da Igreja Católica. Em segundo lugar, o casamento homossexual estava presente nas candidaturas dos partidos de esquerda (que ganharam e possuiem, neste momento maioria absoluta na Assembleia da República), legitimando assim esta decisão de aprovar a legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo sem referendo.
Quanto à comparação a escolha de aprovar sem referendo neste caso e referendar as IVG existe uma grande diferença. A segunda temática já tinha sido referendada e chumbada pelo povo Português pelo que se impunha uma nova consulta popular.
Finalizando, esta sexta-feira, dia 8 de janeiro de 2010, Portugal venceu mais uma barreira contra a discriminação. Venceu Portugal, venceram os ideais de igualdade e venceram os portugueses que lutaram por esta causa (de louvar o empenho da juventude).
Se algum leitor não concordar ou tiver mais argumentos contra a legalização do casamento gay sintam-se à vontade para escrever um comentário ao qual irei responder.
Após este grande passo no caminho de um Portugal e de uma sociedade mais liberal e menos desigual espero que as mentes mais conservadoras deste país se começem a liberalizar e que os homossexuais não tenham que viver "no armário" e se possam assumir sem medo de represálias.
Agradeço a quem leu este post e às pessoas que lutaram para que, quando eu for adulto, possa viver num país mais livre e menos preconceituoso e que esteja habituado a ver casais homossexuais livres.
Após esta batalha que venha a adopção por parte destes casais. Mas isso fica para outro post...

A ausência

Gostaria de começar este novo post, esta nova mensagem com um pedido de desculpas a todos os meus leitores pela minha prolongada ausência.
Aquando a criação deste blog estabeleci uma meta de um post por semana. Passados mais de 3 meses e com 8 mensagens escritas posso concluir que falhei. E esta falha deve-se a a um conjunto de causas que me ultrapassam. A escola, como todos sabemos consume grande parte do nosso tempo livre. Os amigos e as saídas têm direito a uma grande percentagem despendida também. Neste campo incluiu não só o sair fisíco (que adoro e saio o máximo possível) mas também as várias conversas que tenho nas redes sociais!
Quando venho ao computador o msn, o facebook e o twitter sobrepõem-se à escrita no blog (quem quiser pode também acompanhar o meu "trabalho" em http://www.espalha-factos.com/ ) e recebo alguns comentários a dizer para vir cá e tal mas depois o tempo não estica.
Passando a fase das justificações quero garantir-vos que vou fazer um esforço máximo para escrever, no minimo um post por semana (sem perder a qualidade que vem sendo elogiada).
Por fim agradeço a todos os meus leitores e seguidores e peço novamente desculpa pela ausência.

Eleições Legislativas 09

Começo este post com um aviso:

INFORMAM-SE OS CAROS LEITORES QUE, AO ESCREVER ESTE TEXTO NÃO SOFRI QUALQUER PRESSÃO OU TENTATIVA DE ASFIXIA DEMOCRÁTICA.


Pela primeira vez neste blog vou falar de política.
Começo por dar aos parabéns aos Portugueses porque não ficaram em casa e foram votar num candidato sério e que nos vai ajudar nos próximos 4 anos. Não cairam nas mentiras e histórias inventadas pela oposição e por outras pessoas...
À SIC pela excelente informação que nos deu antes das projecções e por toda a noite que se espera fenomenal.
Gostava também de dar os parabéns a José Sócrates por quem tenho uma grande admiração. Parabéns pelos 4 anos de governo com todas as coisas boas a más, por ter aguentado tanta coisa e nunca ter desistido ou fugido para a Europa. E já agora pela vitória do dia de hoje.

Na minha opinião a vitória de Sócrates deve-se a duas situações:

1- A competência e força demonstrada ao longo deste 4 anos sem as quais Portugal não teria enfrentado a crise como enfrentou e não teria as mudanças estruturais necessárias.

2- A fraca oposição directa. Manuela Ferreira Leite baseou-se no lema ´Politica de Verdade' e durante toda a campanha ia cortando mais e mais a sua imagem de mulher sincera e verdadeira para se tornar, aos olhos de portugueses 'mais uma'.
Perdeu credibilidade nas listas para deputados, ao insistir no caso das escutas e na guerra contra a Espanha.
Deixou de ser a dama de ferro, a senhora da verdade e tornou-se numa figura ridicula.

José Sócrates venceu a campanha. Contra tudo e contra todos organizou as maiores arruadas, os maiores movimentos de apoio. Ganhou os debates, teve a melhor preparação e o discurso mais conciso. Sobreviveu aos ataques das supostas escutas, do caso freeport e do da TVI.

Sócrates é, sem dúvida nenhuma um animal político enquanto Manuela Ferreira Leite dá-nos a ideia de uma avózinha frágil.

Sócrates leva o texto bem estudado, as ideias definidas. Ferreira Leite tem um discurso monótono cheio de gaffes e calinadas na Lingua Portuguesa.

A campanha foi, para mim uma grande surpresa em dois candidatos. Louçã desiludiu e muito. Fez uma campanha fraca e sem paixão. Por outro lado, Portas fez uma campanha excelente. Apostou em algumas medidas e situações que preocupam os Portugueses. Com o seu discurso agradou a muitos e isso nota-se na subida do CDS tanto nas sondagens como nas eleições.

A campanha em geral foi uma desilusão para a politica. Em vez de discutir Portugal os candidatos passaram a campanha a falar das escutas, da TVI e do tempo da 'outra senhora'.

A coisa mais importante que se retém desta campanha é que os portugueses se interessaram e votaram. Não na candidata do antigamente mas no candidato do futuro.

Aguardo os próximos desenvolvimentos, as possiveis coligações e as declarações do nosso querido Cavaco sobre os resultados e os 'problemas de segurança'.

Igualdade de direitos

taIgualdade é a inexistência de desvios ou incongruências sob determinado ponto de vista, entre dois ou mais elementos comparados, sejam objectos,individuos,ideias,conceitos ou quaisquer coisas que permitam seja feita uma comparação.
Especificamente em Política
, o conceito de Igualdade descreve a ausência de diferenças de direitos e deveres entre os membros de uma sociedade.


Na sua concepção clássica, a ideia de sociedade igualitária começou a ser cunhada durante o Iluminismo, para idealizar uma realidade em que não houvesse distinção jurídica entre nobreza, burguesia, clero e escravos. Mais recentemente, o conceito foi ampliado para incluir também a igualdade de direitos entre géneros, classes, etnias, orientações sexuais, etc...

Muitas vezes associamos a igualdade de direitos aos países ocidentais e civilizados. Mal se fala num país em desenvolvimento vem logo ao pensamento ditaduras, monarquias severas, direitos humanos violados todos os dias.

Um facto está mais que constatado. O Mundo não vive em igualdade de direitos. O simples facto de eu estar aqui a escrever, vocês a ler talvez represente um sonho, daqueles só imaginários, de uma criança deitada em África com o estômago a contrair-se e os lábios ressequidos.

Eu sei que exagerei no que acabei de escrever porque tenho a certeza que uma criança nesta situação não sabe que existe Mundo para além da sua terra, não sabe o que é um computador e, se alguém lhe contasse que podia falar e conhecer pessoas por uma máquina ele encolhia-se com medo a alguma espécie de bruxaria.

Às vezes, numa ou outra insónia penso. Penso em três coisas. O que farei e como viverei na fase adulta. O que aconteceria se tivesse nascido numa aldeia em África. O que aconteceria se fosse um principe real.

Pensar nunca fez mal a ninguém. Pensar cultiva-nos.

Não acho que devemos dar graças a deus e esperar que as coisas nos caiam do céu. Tmos de lutar pelo que temos e o que queremos ter sem nunca esquecer a situação de milhões de outras pessoas e ficar contentes pelo que temos.

Mas já estou a fugir ao tema. Igualdade de direitos.

Os países desenvolvidos, os civilizados ainda têm um longo caminho a percorrer. As pessoas trabalhadoras precisam de ser ajudadas por um Estado forte e não podem ser neglegenciadas. Não se podem atirar as pessoas 'borda fora' num turbilhão de privados.

Isto tudo a propósito duma situação que se passa nos EUA e, na minha opinião é grave. O Sistema nacional de saúde (ou a falta dele).
Enquanto aqui se discutem as más condições do SNS lá discute-se a sua existência. Este situação leva-nos à realidade.
Em Portugal as pessoas têm um SNS que embora registe melhorias espantosas ainda é considerado deficitário. A falta de médicos, o tempo de espera para consultas/operações e o atendimento situam-se entre as principais preocupações dos Portugueses.
Já os americanos por seu lado estão divididos. Uns esperam por uma grande reforma na área da saúde onde os lóbis são mais que muitos e talvez dos mais poderosos.
Outros apoiam os privados nesta demanda. Acham que o governo não pode e não deve usar o dinheiro dos contribuintes para pagar a saúde (!) de outros.
Defendem que cada pessoa deve ser livre para escolher o seguro médico (privado) que quiser e têm receio do que poderá ser o SNS e da possível quebra de qualidade.
No meio desta polémica encontra-se o homem que já mudou mentalidades e que quer mudar esta situação: Obama.
Obama já perdeu popularidade, apoios e votos. Mas não desiste. Transformou a mudança no SNS numa das suas principais bandeiras. Quer levar a saúde gratuita a milhões de americanos como acontece nos países ditos civilizados.
Obama deve conseguir passar a lei?
Eu acho que sim. A saúde é o nosso maior bem. É o maior bem estatal também pois, se estamos doentes a nossa produtividade baixa (chegando porventura à nulidade).
Os portugueses, os americanos e o resto do Mundo precisam de saúde. Mas se não a podem pagar precisam de ter quem pague por eles ou, no minimo um contributo.
Aí entra o papel do estado que precisa de ser forte e tomar medidas.
Muito sinceramente espero que os EUA aprovem a lei da mudança no SNS. Os americanos merecem ter saúde.
Mas depois é importante não esquecer e continuar a criar leis e apoios para 'olear' a máquina que o SNS representa. Não podem deixá-la como os Portugueses. Têm de ir modificando de acordo com as necessidades do momento.
Por último quero deixar aqui uma palavra a este governo que, na minha opinião representa a mudança. Conseguiu, contra muita gente reformar um SNS já desgastado. Não vou entrar na demagogia de dizer que está tudo bem.
Não está.
Mas posso dizer que vai a caminho...

Desafio

O Johny, que, aproveito para divulgar, criou recentemente o blog MaisDe140Caracteres, desafiou-me para criar "a minha própria banda", uma iniciativa que nem ele próprio sabe como surgiu. O desafio consiste nas seguintes regras:

1 - Ir a uma página aleatória da wikipédiahttp://en.wikipedia.org/wiki/Special:RandomE o primeiro nome que surgir será o nome da banda.

2 - Ir à pagina das citações aleatóriashttp://www.quotationspage.com/random.php3E as 3 ou 4 ultimas palavras serão o nome do CD.

3 - Ir à secção "explore the last seven days" do flickrhttp://www.flickr.com/explore/interesting/7daysTerceira imagem, não interessa o que seja, será a capa do CD.

4 - "Cozinhem" tudo no photoshop (ou algo semelhante).5 - Postem no vosso blog, facebook, etc juntamente com as regras.

6 - Desafiem mais alguém.Ora bem... após alguns percalços, lá tive o meu resultado, que não é maravilhoso, mas também podia ter sido muito pior. Foi feito no paint e como não tenho jeito nenhum... Aqui fica a capa do álbum:
Desafio TODA a gente que me lê a criar um tambem :D